segunda-feira, 25 de julho de 2016
25 de Julho: Dia Internacional da Mulher Negra
Hoje é um dia especial para nós mulheres negras á 24 anos atrás mulheres afro latinas - americanas e caribenhas lutavam para tornar esse dia "25 de julho" em uma data internacional e um marco da luta e resistência dos direitos civis das mulheres negras. Essa data também é o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu no atual estado de Mato Grosso durante o século XVIII; em comemoração, este ano aqui no Brasil serão realizadas realizadas audiências públicas, festivais, seminários, conferências e feiras, entre outras atividades, que têm por objetivo reafirmar a identidade, a história e a luta das mulheres negras brasileiras, representadas pela força e determinação de Tereza de Benguela.
A “Rainha Tereza”, como ficou conhecida, assumiu a liderança do Quilombo de Quariterê após a morte do companheiro, José Piolho, por soldados comandados pelas autoridades locais. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, sendo 79 negros e 30 índios. Ela deu continuidade a algo significativo e teve postura para abraçar um ideal.
Os número atuais do IBGE são lamentáveis para nós mulheres negras e demonstra que subimos alguns degraus contudo temos situações bem mal resolvidas e que atrapalham o nosso desenvolvimento na sociedade, fica em evidência também o quanto ainda somos o alvo principal desigualdade. Esses números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 71% das mulheres negras estão em ocupações precárias e informais, contra 54% das mulheres brancas e 48% dos homens brancos. O salário médio da trabalhadora negra continua sendo a metade do salário da trabalhadora branca. Mesmo quando sua escolaridade é similar à escolaridade de uma mulher branca, a diferença salarial gira em torno de 40% a mais para esta.Um outro estudo, realizado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em 2014, mostra que 68% da população das penitenciárias femininas do País são mulheres negras, contra 31% de mulheres brancas e 1% de indígenas. Os dados também apontam que 49% da população penitenciária feminina do País têm menos de 29 anos e 50% possui apenas o ensino fundamental incompleto.
Há quem diga que muitas coisas mudaram, e até mesmo quando lerem essas informações irão questionar o porque de mostrar elas. Eu assim como todos, consigo ver o avanço que a comunidade negra teve, principalmente na mídia. No entanto a mídia é algo fictício e sabemos que os negros que ali estão são a minoria também no meio de muitos, algo a se pensar, especialmente pelo fato da metade da população brasileira serem de pessoas negras. Mas o que é real de verdade são esses números e outros que aí estão para serem analisados e questionados, e a reflexão de qual posição nós mulheres negras temos na sociedade? O mundo evoluiu porém ainda somos vítimas das questões passadas, algo histórico que entra século e saí século ainda não conseguimos resolver.
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Para as mulheres negras, para as mulheres brancas, o estupro diz respeito a nós
Poucas pessoas sabem que mesmo nos dias atuais um acusado de violência contra uma mulher, quando é denunciado, não é imediatamente preso nem mesmo se inicia o processo penal o condenando. Infelizmente sabemos que este discurso "que ele vai preso e será condenado "não condiz com o dia a dia da mulher violentada. Vivemos numa sociedade patriarcal, que oprime mulheres e ainda as classifica como “honestas e desonestas”, lhes obrigando a provar que são vítimas. Existe uma tendência muito forte à coisificação (transformar em um objeto) da mulher, notadamente em músicas e peças publicitárias, que reduzem a mulher ao seu corpo e enfatizam o quanto são “descartáveis”. E o estupro é a expressão mais brutal da coisificação da mulher e da ideia de que ela é propriedade de alguém.
Segundo o US Department of Justice (Departamento de Justiça dos EUA) esta era a realidade americana em 2012: A cada hora, 16 mulheres enfrentam estupradores uma mulher é estuprada a cada seis minutos. A cada 18 segundos uma mulher é espancada. Desde 1974, a taxa de agressões contra as mulheres jovens (idades 20-24) saltou 50 por cento.Três em cada quatro mulheres serão vítimas de pelo menos um crime de violência durante a sua vida. Apenas 50 por cento dos estupros são comunicados e daqueles relatados, menos de 40 por cento irá resultar em prisões. Uma em cada sete mulheres atualmente cursando faculdade foi estuprada.De acordo com a Secretaria de Políticas Publicas para as Mulheres da Presidência da Republica (SPM-PR), a cada 12 segundos uma mulher é estuprada no Brasil. Em 2012 , a cada hora, duas mulheres foram atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) com sinais de violência sexual, segundo o Ministério da Saúde. É absurdo na Índia, na Nigéria, nos Estados Unidos e aqui.
O racismo, o preconceito, a discriminação, hipersexualização estão fortemente representadas na sociedade brasileira e reforçam as desigualdades e exclusão das mulheres negras em diversos setores. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), esta discriminação resulta numa taxa 6 vezes maior de mortalidade no grupo de jovens, meninas e mulheres negras com relação a mulheres não-negras.No Rio de Janeiro, as mulheres negras são a maioria entre as vítimas de homicídio doloso – aquele com intenção de matar (55,2%), tentativa de homicídio (51%), lesão corporal (52,1%), além de estupro e atentado violento ao pudor (54%).
Analisando friamente os números ditos acima, sabemos que a violência, a opressão e discriminação contra a mulher negra ou não-negra é um sobra bem perturbadora na socieda, mas o que temos feito para mudar essa questão? Sempre voltamos ao ponto quem todo estupro é denunciado e nem todo caso de estupro é analisado com estupro. Porque isso ocorre?
O racismo, o preconceito, a discriminação, hipersexualização estão fortemente representadas na sociedade brasileira e reforçam as desigualdades e exclusão das mulheres negras em diversos setores. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), esta discriminação resulta numa taxa 6 vezes maior de mortalidade no grupo de jovens, meninas e mulheres negras com relação a mulheres não-negras.No Rio de Janeiro, as mulheres negras são a maioria entre as vítimas de homicídio doloso – aquele com intenção de matar (55,2%), tentativa de homicídio (51%), lesão corporal (52,1%), além de estupro e atentado violento ao pudor (54%).
Analisando friamente os números ditos acima, sabemos que a violência, a opressão e discriminação contra a mulher negra ou não-negra é um sobra bem perturbadora na socieda, mas o que temos feito para mudar essa questão? Sempre voltamos ao ponto quem todo estupro é denunciado e nem todo caso de estupro é analisado com estupro. Porque isso ocorre?
Man: Dicas de cores que combinam com o seu tom de pele
Para terminar a tarde com grande estilo, fiquei muito interessada em um publicação que vi em um site de moda para homens negros. Normalmente quando vemos os homens sempre nos lembramos das cores mais neutras como: preto, cinza, offwhite, caque, tons de azuis, verde e outras do mesmo gênero; mas quando lembramos de "homens negros" já nos remetemos as cores mais vibrantes e um estilo bem swag de ser, mais claro que por conta de termos um público bem diversificado, pois afinal aqui é o Brasil - temos diferentes tons de pele, então resolvi fazer este post.
Antes de mostrar a imagem, quero dizer que não que você 'não pode usar a cor que você quiser', muito pelo contrario. Você pode tudo e nós te mostramos isso por aqui várias vezes. Essa dica é só para aquele momento, quando você tiver naquela dúvida sobre qual cor de camiseta - um exemplo - ficou melhor em você.
A partir disso eu pesquisei algumas imagens que poderiam ilustrar o que o gráfico mostrou e consegui achar no Facebook da Estilo Black uma publicação dando este exemplo e que realmente funciona e é comumente usada para elaboração de ensaios fotográficos, filmes, clipes.
Antes de mostrar a imagem, quero dizer que não que você 'não pode usar a cor que você quiser', muito pelo contrario. Você pode tudo e nós te mostramos isso por aqui várias vezes. Essa dica é só para aquele momento, quando você tiver naquela dúvida sobre qual cor de camiseta - um exemplo - ficou melhor em você.
A partir disso eu pesquisei algumas imagens que poderiam ilustrar o que o gráfico mostrou e consegui achar no Facebook da Estilo Black uma publicação dando este exemplo e que realmente funciona e é comumente usada para elaboração de ensaios fotográficos, filmes, clipes.
- Sugestão de cores para que combinam com cada tom de pede (3 tons de pele negra nesse caso). Você pode usar as dicas de cores tanto como uma peça (camiseta), tanto quanto como um detalhe (gravata).
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