quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Ipea revela que a chance de um jovem negro ser assassinado no Brasil é de 3,7 vezes maior em comparação com branco

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseados em dados do IBGE (2010), aponta que 97 milhões de brasileiros  se declararam negros (pretos ou pardos), com isso pela primeira vez no país, o número de cidadãos negros é de 6,5 % superior ao de brancos. Mas outras estatísticas não mudaram no decorrer dos anos, dados divulgados pelo Instituto também aponta que  a cada três assassinato no pais, dois são contra negros.
Segundo o diretor do Ipea Daniel Cerqueira, os negros não ainda as maiores vítimas de agressão por parte da policia. Em 2009, por volta de 6,5 % dos negros sofreram uma agressão que tiveram como agressores policiais ou seguranças privados, contra 3,7% de brancos.

A pesquisa ainda mostra que a possibilidade do negro ser vítima de homicídio no Brasil é maior inclusive em grupos com escolaridade e características socioeconômicas semelhantes. Pois a chance de um jovem negro ser assassinado é de 3,7 vezes maior em comparação com os brancos.
Daniel Cerqueira revela que no Brasil cerca de 60 mil pessoas não assassinadas por ano e há uma forte viés de cor e condição social nessas mortes. Enquanto a taxa de homicídios de negros é de 36,5 por 100 mil habitantes, no caso de brancos, a relação é de 15,5 por 100 mil habitantes. Já nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste esses dados não bem mais preocupantes.
 O estado que lidera o ranking de homicídio contra negros é Goiás ficando acima da média nacional. A taxa de assassinatos de negros é aproximadamente 44,5 por 100 mil habitantes, contra 16,5 por 100 mil habitantes dos brancos. Já Mato Grosso são aproximadamente 39,5 negros para cada 100 mil habitantes e em Mato Grosso do Sul o número é de 32,5.